quinta-feira, 17 de julho de 2014

Nomes II

O mundo. O mar. O amor. A morte. O movimento. Esses cinco nomes. Agora são forças. Se movem lentos. Se esgueiram por entre as casas. O mar abraçando tudo. O mundo, porque tudo é mundo. O amor porque ele une. A morte porque separa. O movimento, porque tudo é movimento. Até mesmo o mundo.

Mundo

O mundo é tudo, e tudo quanto eu posso falar, tudo quanto um dia minhas mãos fatigadas haverão de escrever num papel em branco, ainda será infinitamente insuficiente de descrever qualquer mundo.

Movimento

Ele é o mundo. E o mundo é ele. A única diferença é nenhuma. Só há palavras para complicar, e tentar dizer de mais quando pode dizer de menos. Porque as vezes, dizer de mais, diz mais mesmo. E isso é importante. O movimento é incessante, o mundo porém cambaleia. Os dois estão juntos, e Caminham juntos e são juntos, só numa intensidade diferente.

O amor

O que é o amor?
O amor é o que nos une, nos enlaça.
Nos dá alimento humano
Não o humano sujo, que fique claro
O vil e asqueroso, esse não
O amor é aquela graça humana,
em que um ser Amoroso
se encanta com outro,
e os dois se mesclam
Se unem, se tocam, e se embotam
Um da presença do outro

Morte

A morte é o veneno
Dor que atina o sentimento
É corte no tempo
Quase arrependimento.

É vil, força inumana
Arrasta-nos além da conta
E sem vitalidade nos engana
E nos leva até a ultima gota
Num fim de tarde, á luz
indo Pela linha do horizonte
 
Mar

E o mar?
Porque convocá-lo
Na sua nobreza azulada
A fazer parte de uma poesia
Mal encaixada?

Porque lançar lhe vitupérios
Em forma de provérbios
Estrofes e versos
Se ele somente canta
A canção das ondas
O baile gostoso e manso da maré
Ele é o grande senhor do mundo
Talvez, ele o tenha fundado
Se arrependeu, porém
Quando viu surgir do barro
Seu ser mais que confuso
O homem obtuso
Ser indiferente, nega o mar
Nega o mundo, o amor, a morte
E até o movimento
Cria metafísica, cria sem sentimento
Nega então a sua origem marítima
Nega sua origem no movimento do mundo
Que é morte e amor
Crescimento e esmorecimento.

Ser asqueroso, não merece nem morrer
Nem amar
Quanto mais, tomar um banho de mar
O sublime aconchego da agua no corpo
Prazer mais que sublime, sem escopo
É lindo, é belo, é pouco, o homem
Em sua insensatez é ridículo
Um porco.

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